O ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus
Ananias, anunciou nesta quarta-feira (24/6/15) que o governo federal irá
destinar 12,2 milhões de hectares de terras federais da chamada Amazônia Legal,
que engloba nove estados, para regularização fundiária e reforma agrária. Na
última segunda, a presidente Dilma Rousseff informou ter encomendado ao
Ministério do Desenvolvimento Agrário a elaboração de um novo plano de reforma
agrária. A retomada da reforma é mais um dos pontos da chamada “agenda
positiva” do governo, iniciada neste mês para tentar recuperar a aprovação da
gestão petista. Conforme o anúncio desta quarta-feira, as áreas cedidas pelo
governo federal estão localizadas nos estados do Acre, Amazonas, Amapá, Mato
Grosso, Maranhão, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. O ministro não informou,
no entanto, qual será a área cedida por unidade da federação e nem quantas famílias
devem ser assentadas. De acordo com Patrus, também serão cedidos 503,6 mil
hectares para criação de unidades de conservação ambiental e 2,2 mil hectares
para a criação de uma reserva indígena no município de Porto Moz, no Pará. O
ministro informou que a regularização fundiária na Amazônia é considerada
"prioritária" para buscar o "equilíbrio" da região e evitar
a "insegurança" em terras devolutas, áreas que pertencem ao governo,
mas que estão vazias ou ocupadas ilegalmente. "A regularização fundiária
na Amazônia é prioritária porque a região é muito grande, uma região que
durante séculos foi habitada muito aquém das suas possibilidades, e isso criam
uma insegurança, principalmente, nas chamadas terras devolutas, que pertencem
ao governo, e do outro lado pessoas mais agressivas, para não dizer
oportunistas que aproveitam disso para se tornar proprietários dessas terras
vazias que a rigor pertencem à sociedade brasileira", afirmou. O ministro
afirmou também que a Amazônia não pode se transformar em um "santuário
intocável" e que a é possível compatibilizar a "questão ambiental com
o desenvolvimento econômico e social". "A Amazônia é parte integrante
do Brasil e nós devemos buscar compatibilizar as diferentes vocações da região.
Não podemos fazer também de uma região tão vasta e rica como a Amazônia um
santuário intocável. Eu acho que é possível compatibilizarmos a questão
ambiental com o desenvolvimento econômico e social", concluiu. Editor
PGAPereira.
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