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domingo, 28 de junho de 2015

Igrejas evangélicas arrecadam 25 bilhões por ano

O Templo de Salomão, uma réplica do templo bíblico, em São Paulo custou 300 milhões de dólares (R$ 1 bilhão), construído pela Igreja Universal do Brasil. A crescente popularidade das igrejas evangélicas do Brasil, como a Universal fundada pelo multimilionário Edir Macedo em 1977 e hoje presente em muitos países ajudou a converter à religião em uma das empresas mais prósperas do país. Segundo as autoridades fiscais brasileiras suas igrejas arrecadaram R$21 bilhões (US$ 6,8 bilhões em ingressos no ano de 2011 através das contribuições semanas, doações e até com a emissão de cartão de crédito dos bancos locais. Os evangélicos representam um quarto da população brasileira e projeta-se superar os católicos – que são a maioria nesse país – em 2040. A evangelização também impulsionou o crescimento de bens e serviços religiosos no Brasil. Embora mergulhado em sua pior recessão nos últimos 25 anos, o “mercado da fé” alcance R$25 bilhões em 2015, R$12 bilhões em 2012, não sentindo a passagem da crise econômica. No Templo de Salomão vende-se de tudo relacionado a seu evangelho, desde bíblias até videojogos, e as vendas continuam aumentando. Ao contrário dos ensinamentos cristãos que enaltecem a pobreza como uma virtude, as igrejas evangélicas brasileiras – em especial as pertencentes ao neopentecostalismo como a Universal – promovem o consumismo e a riqueza material como sinal da graça de Deus. Esta controversa teologia da prosperidade ganhou popularidade entre a nova classe média brasileira – 40 milhões desde 2003 e cujos membros em grande parte medem sua ascensão social através da capacidade de consumir. Trazida pelos missionários no início do século XX, o pentecostalismo e suas variantes também encontrou popularidade entre os mais pobres. A promessa de soluções sobrenaturais aos problemas cotidianos se tornou atrativa no Brasil, onde muitos se encontram à mercê de um péssimo sistema de saúde pública. O aumento da evangelização não só impulsionou as indústrias religiosas existentes como também criou outras novas. Tem-se até sites para encontros amorosos, Par Perfeito e Amor Divino. No entanto, a maior indústria por trás do impulso ao mercado da fé brasileira é o turismo. O Santuário de Nossa Senhora Conceição Aparecida em São Paulo atraiu 12 milhões de visitantes católicos em 2014, quase o dobro do número de visitantes à Torre Eiffel em 2013. A maior parte da indústria dirige-se aos católicos, mas empresas como a Gospel Cruises oferecem cruzeiros ao longo da costa brasileira com sermões a bordo para os evangélicos. Quanto à música religiosa brasileira – crescimento de 15% em vendagem - chegou-se a um investimento mássico e que só perde para a música sertaneja. Quanto à edição de livros, a Sociedade Bíblica do Brasil editou 7,6 milhões de exemplares da Bíblia em 2013. Quanto à doação individual dos fiés que frequentam o Templo de Salomão, o bispo grita alto no microfone “é R$100, 00,” não contribuam com menos. Editor PGAPereira.      

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