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segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Vida de gado pernambucano

Os criadores cercam o curral sem árvores de sombra ou abrigo. Quem viaja por terras a pique pernambucanas encontram pelos caminhos cercados de bois sem a mínima estrutura para a criação desses animais. Não existe qualquer cobertura para o abrigo do Sol escaldante nem arbustos encopados para seus descansos. Os animais passam o tempo todo comendo capim, levando Sol, levando chuva, bebendo água lamacenta de pequenos açudes como se isso fosse uma coisa normal. Essa foto de fazenda européia retrata o zelo dos fazendeiros com a qualidade e acepcional do produto vendido nos frigoríficos europeus. Não é só soltar os bois no cercado e esperar pela engorda um ano depois. O Sol está em plena atividade, vez por outra lançando proeminências com muita radiação que atingem e penetram a atmosfera da Terra. 24 horas seguintes não é saudável permanecer exposto ao Sol, a radiação UV é muito intensa. O gado brasileiro apresenta índice alarmante de câncer no fígado. Essa água empoçada em pequenas áreas está contaminada por bactérias, vírus, mofos, líquens (lodos). O que faz esses animais não apresentarem um conjunto característico de doenças é o pouco tempo que eles ficam expostos – um ano – até o abate. Mas, que esses rebanhos estão infectados não temos dúvida. A secretaria de agricultura do Estado devia fazer uma fiscalização contínua mais rigorosa nesses currais clandestinos. Fazer com que seus proprietários exibissem poços artesianos, levantassem abrigos com as mínimas condições higiênicas, cumprissem os períodos de vacinações e doses hormonais, oferecessem rações balanceadas a seu rebanho. Para mim o erro grosseiro vem do órgão fiscalizador dos governadores que não tomam uma ação eficaz e que se faz necessária. As grandes fazendas de criação de gado deviam possuir coletores de metano que são formados nas fezes desses animais e que precisa ser confinado para uso posterior em iluminação da própria fazenda evitando seu desprendimento natural para a atmosfera onde reage quimicamente com o azônio, destruindo aquele que nos protege da radiação UV. A carne de ave não apresenta esse estágio perigoso do metano, por outro lado é uma carne de terceira categoria, e que ofende a saúde humana num processo aculudado por décadas. Os criadores rurais estão livres para criarem gado, não tem fiscalização do governador, não vemos a presença de doutores veterinários pelo campo, enfim uma baderna. Os matadouros de pequenas cidades não têm veterinários na hora do abate, uma vergonha para a nação. O perigo iminente: Semanas atrás num pate-papo com um motorista de lotação, Belinda (Caravan) que faz praça Nazaré da Mata - Carpina, ouvi essa história enquanto seguia viagem: “Nesse carro eu carrego tudo, mudanças, mangai de fereiros, tudo... A semana passada transportei um boi morto no bagageiro, baixei o acento traseiro e o levei para vender em uma feira livre, isso de madrugada porque não temos fiscais. Eu recebi R$400,00.” Aqui para nós: o que esse automóvel não possa carregar de produtos de contravenções no Brasil afora! por Paulo Gomes De Araújo Pereira.

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