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sábado, 30 de agosto de 2014

O que fazer com os sobrados velhos do Recife?

Bairro do Recife velho
Para qual finalidade manter casas de reboco de barro, erguidas de tijolos manuais, telhados a antiga e piso de cimento. Se formos enumerar os defeitos desses casebres vão consumir muito do nosso precioso tempo. Eles tornam as ruas feéricas, imundas, saudosistas, de aspecto deselegante. Ninguém vai querer morar nessas espeluncas, devem transmitir muitos vermes além de abrigar mofos, ratos e baratas. O espaço tomado por essas vivendas mal-assombradas é simplesmente enorme, são milhares de quarteirões espalhados pela cidade inteira. Desde o calçamento por paralelepípedos irregulares que escondem em suas fissuras germes patogênicos de toda espécie a fezes de gatos e cachorros, tudo leva a um cenário grotesco de falta de zelo pelos órgãos públicos. O que se pretende fazer com esse reflexo do submundo? Não me venha dizer que não existe solução para o problema do seu urbanismo. Você imagina uma demolição dessas ruas feéricas pela prefeitura e construção de habitats modernos, seguros, confortáveis com muito verde. Quando viajo pelo Metrorec observo a degradação da paisagem de cor cinzenta, casas muito velha e sem conservação. Fico imaginando a motivação de seus moradores. Se não têm onde caírem, tudo bem, é preferível continuarem vivos. Se a Cidade tem séculos de existência, então vamos refazê-la. O que não pode é deixar como estar sem atrativos, ruas e esquinas para zumbis nenhum botar defeitos. As capitais tiveram seus anos de glória, mas envelheceram, muitos dos seus quarterões foram se desertificando, esquecidos pelo tempo, enfim tornam-se museus a céu aberto, uma perspectiva de serem retomados ou ocupados por cidadãos da classe pobre. Esses quarteirões horripilantes ainda se mantêm pela população mais miserável das capitais como um meio barato de se viver no miserável legado lhes ortogados pelos prefeitos delinquentes. Mas, futuramente vão trazer problemas para os prefeitos: abuso de drogas por suas populações, carência de atividades esportivas, evasão escolar, acomodação com o modo trivial de viver, submetidos às propagandas mentirosas das TVs e de comerciais de baixos níveis. Eles criam uma resistência para escapar desse estado de letargia. Fazer o que mais? Não têm outra escolha na vida, deixa como estar. Faz-se necessário um esforço hercúleo por parte dos prefeitos e governadores embelezar o aspecto visual de suas cidades para uma imagem mais atraente e para soerguer o astral dessa população que vive a margem da civilização. por Paulo G. A. Pereira. 

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