Por que leites do Brasil são obrigados a adicionar cal? Quando
você pensa que está consumindo um leite de qualidade européia, nem imagina as
porcarias de seus ingredientes. Os industriais de laticínios vendidos no Brasil
deviam ter mais decoro pela saúde da população. Acrescentar água oxigenada 30
volumes para diminuir ou zerar o gosto de putrefação característico do leite,
para com isso caírem no gosto dos bebericões ameninados, não é recomendado. Nos
iogurtes também, nos cremes também, nos leites condensados idem. Mas, que o
gosto é bom isso ninguém duvida, embora esteja comendo substâncias estranhas
cancerígenas. Agentes do Ministério da Agricultura vez por outra, na calada da
noite, flagram indústrias de grande porte cometendo o delito de acrescentar água
oxigenada 30 volumes no leite in natura preste a ser distribuído aos
supermercados de Recife. Vários deles são ameaçados de morte pelos donos dessas
indústrias, verdadeiros líderes de quadrilhas. Não é só a água oxigenada adicionada,
mas uma parafernália de outras substâncias cancerígenas. Numa visita recente a
uma indústria de sorvetes em Recife constatei o fedor insuportável de
putrefação na sala de fabricação de picolés e sorvetes além de um rio que
passava por perto com água de cor cinzenta. Eu me lembro que o gerente dessa
indústria, meu grande amigo, jogou o picolé na lata de lixo antes de se servir,
e eu que costumava saborear um brigadeiro, foi pela última vez. Fiquei com um
nojo desgraçado. A gente só adquire esses maus hábitos apenas por falta de
informação, ou educação dos pais. Hoje as pessoas são criadas soltas como gado
no sertão. Depois da aterrissagem das McDonald’s com alimentos aditivados, os
produtos alimentícios brasileiros passaram a imitá-los feitos papagaios. Hoje,
quase todos os produtos alimentícios vendido no comércio trazem aditivos
químicos ou pó de minerais. A “coisa” mais ridícula do mundo é achar que a
aditivação de cálcio no leite é um processo caríssimo. Pelo contrário,
acrescenta-se cal. Cal é cálcio, olhe aqui suas fórmulas: CaO, Ca(OH)2, CaCO3. Estás vendo! Mas o que esses químicos
colocam no leite? Bem, devem fazer um mau desgraçado ao intestino e fígado. Se
acrescentar o carbonato vai tornar o intestino básico (mas ele já é básico), no
mínimo introduzir uma substância estranha à colônia de bactérias benignas do
intestino. Será que vão afetar os rins pelo hábito de uso continuado? Eu fico
imaginando como uma substância tão nutritiva e de extrema utilidade culinária,
que tanto benefícios trouxeram a população pobre do Brasil ficar a deriva por
industriais marginais que o manipula livremente sem uma fiscalização por parte
do governo federal. Você se lembra? Quando bebíamos copos de leite in natura
décadas atrás ele apresentava cheiro forte de putrefação, mas isso jamais era
sinal que se encontrava estragado, pelo contrário, sempre fazia bem ao nosso
organismo, qualquer que fosse a quantidade que ingeríamos. Não apresentava doenças
por meses seguidos de seu uso. Hoje, infelizmente não é assim. Duas colheres de
leite em pó liquefeito em um copo já trazem azia, queimor no estômago, efeito tamponante nas fezes, até dores no fígado. Então, algo está errado nessa
dosagem, não é mesmo? Tudo por conta da CAL (Cálcio) acrescentado ao leite em
pó e seus derivados. Nós estamos pedindo ao presidente da república exigir dos
industriais de laticínios retirarem o falso Cálcio do leite comercializado no
Brasil. Além de ser muito barato, R$ 0,10 por quilograma, quem quiser acrescentar cálcio a seus alimentos, os velhinhos, que procurem outro tipo de
alimentação, porque desse modo quem sai perdendo são os jovens, e quem saem
lucrando, e muito, são os industriais do ramo de alimentação humana. por Paulo
Gomes de Araújo Pereira, Químico Industrial.
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