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terça-feira, 2 de setembro de 2014

A péssima qualidade dos leites brasileiros

Por que leites do Brasil são obrigados a adicionar cal? Quando você pensa que está consumindo um leite de qualidade européia, nem imagina as porcarias de seus ingredientes. Os industriais de laticínios vendidos no Brasil deviam ter mais decoro pela saúde da população. Acrescentar água oxigenada 30 volumes para diminuir ou zerar o gosto de putrefação característico do leite, para com isso caírem no gosto dos bebericões ameninados, não é recomendado. Nos iogurtes também, nos cremes também, nos leites condensados idem. Mas, que o gosto é bom isso ninguém duvida, embora esteja comendo substâncias estranhas cancerígenas. Agentes do Ministério da Agricultura vez por outra, na calada da noite, flagram indústrias de grande porte cometendo o delito de acrescentar água oxigenada 30 volumes no leite in natura preste a ser distribuído aos supermercados de Recife. Vários deles são ameaçados de morte pelos donos dessas indústrias, verdadeiros líderes de quadrilhas. Não é só a água oxigenada adicionada, mas uma parafernália de outras substâncias cancerígenas. Numa visita recente a uma indústria de sorvetes em Recife constatei o fedor insuportável de putrefação na sala de fabricação de picolés e sorvetes além de um rio que passava por perto com água de cor cinzenta. Eu me lembro que o gerente dessa indústria, meu grande amigo, jogou o picolé na lata de lixo antes de se servir, e eu que costumava saborear um brigadeiro, foi pela última vez. Fiquei com um nojo desgraçado. A gente só adquire esses maus hábitos apenas por falta de informação, ou educação dos pais. Hoje as pessoas são criadas soltas como gado no sertão. Depois da aterrissagem das McDonald’s com alimentos aditivados, os produtos alimentícios brasileiros passaram a imitá-los feitos papagaios. Hoje, quase todos os produtos alimentícios vendido no comércio trazem aditivos químicos ou pó de minerais. A “coisa” mais ridícula do mundo é achar que a aditivação de cálcio no leite é um processo caríssimo. Pelo contrário, acrescenta-se cal. Cal é cálcio, olhe aqui suas fórmulas: CaO, Ca(OH)2 CaCO3. Estás vendo! Mas o que esses químicos colocam no leite? Bem, devem fazer um mau desgraçado ao intestino e fígado. Se acrescentar o carbonato vai tornar o intestino básico (mas ele já é básico), no mínimo introduzir uma substância estranha à colônia de bactérias benignas do intestino. Será que vão afetar os rins pelo hábito de uso continuado? Eu fico imaginando como uma substância tão nutritiva e de extrema utilidade culinária, que tanto benefícios trouxeram a população pobre do Brasil ficar a deriva por industriais marginais que o manipula livremente sem uma fiscalização por parte do governo federal. Você se lembra? Quando bebíamos copos de leite in natura décadas atrás ele apresentava cheiro forte de putrefação, mas isso jamais era sinal que se encontrava estragado, pelo contrário, sempre fazia bem ao nosso organismo, qualquer que fosse a quantidade que ingeríamos. Não apresentava doenças por meses seguidos de seu uso. Hoje, infelizmente não é assim. Duas colheres de leite em pó liquefeito em um copo já trazem azia, queimor no estômago, efeito tamponante nas fezes, até dores no fígado. Então, algo está errado nessa dosagem, não é mesmo? Tudo por conta da CAL (Cálcio) acrescentado ao leite em pó e seus derivados. Nós estamos pedindo ao presidente da república exigir dos industriais de laticínios retirarem o falso Cálcio do leite comercializado no Brasil. Além de ser muito barato, R$ 0,10 por quilograma, quem quiser acrescentar cálcio a seus alimentos, os velhinhos, que procurem outro tipo de alimentação, porque desse modo quem sai perdendo são os jovens, e quem saem lucrando, e muito, são os industriais do ramo de alimentação humana. por Paulo Gomes de Araújo Pereira, Químico Industrial. 

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