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quarta-feira, 16 de julho de 2014

De onde veio o nome Jacu dado a Buenos Aires?




Há 3 espécies de Jacus: 1) Jacu verdadeiro ou Penélope jacucaca (Fig. 1  e 2). "P. jacu-caca é parente próximo de P. ochrogaster... e P. pileata... Eles formam um grupo natural no gênero, caracterizado pela estreita faixa preta que separa as sobrancelhas brancas dos lados sem penas da cabeça..." (p. 474). Habitats de floresta para P. jacucaca, a saber: mata úmida de terra firme no Maranhão; mata seca, na transição entre mata úmida e Caatinga ou Cerrado floresta seca de palmeiras ("Trockener Palmenwald"); e mata de várzea e de galeria. Curiosamente, ele não incluiu vegetação secundária ou Caatinga.  Mais recentemente, a espécie foi encontrada em mata seca, mata úmida, Caatinga secundária, e outros tipos de vegetação. 2) Jacu-de-spix (Fig. 3) - O jacu-de-spix é uma ave galliforme da família Cracidae.  Do (latim) pene = quase; e do (grego) lophos = crista; e do (tupi) jacu nome indígena para esta ave do gênero Penélope; e guaçu = grande; jacú guaçú = jacú grande. Jacu grande com crista parcial. Mede de 66 a 76 centímetros de comprimento e pesa de 1,25 a 1,80 quilos. Tem dieta predominantemente frugívoro, atuando como importante dispersor de sementes. Ocorre no interior de matas de terra firme, matas de galeria, matas de várzea e clareiras. Localmente comum, é visto aos pares ou em pequenos grupos no subdossel ou no solo. Substituto geográfico do jacuaçu na Amazônia ocidental, no Amazonas, Pará, Roraima, Acre e Rondônia. 3)  Jacu-de-barriga-castanha (Penélope obscura) (Fig. 4) - O Jacu-de-barriga-castanha é uma ave galliforme da família Cracidae.  Do (latim) pene = quase; e do (grego) lophos = crista; e do (grego) ochra = amarelo pálido, ocre, castanho; e gastër = barriga. Ave com crista parcial barriga castanha. Características - Como os outros jacus, parece uma grande galinha de rabo e asas compridas, medindo cerca de 77 centímetros. Cabeça pequena e pescoço longo. A cor das costas e cauda é cinza escuro, quase negro, manchado de pequenos riscos claros, chegando a serem brancos nas costas. Na cabeça, pescoço e barriga, a cor de fundo é marrom avermelhada escura, com riscas brancas ou claras. A cabeça é um pouco mais avermelhada, com uma risca cinza claro acima dos olhos. A pele nua ao redor os olhos é escura, fazendo forte contraste com a barbela de pele vermelho escuro, pendendo abaixo. Essa barbela é mais ou menos visível, conforme a ave está assustada ou não. Sob perigo, contrai a musculatura e diminui a visualização desse sinal. O bico é escuro e os pés claros. Ao contrário dos outros jacus, não costuma ficar dando seguidos gritos de alarme como ocorre com a guiné. Alimenta-se de flores de ipês (ou piúvas, nome pantaneiro), de tarumãs e cipós nas árvores durante a florada. Os outros jacus alimentam-se de material vegetal, frutos, sementes e invertebrados no solo. Como anda muito no chão, pode ser que também tenha os mesmos hábitos alimentares. É uma espécie pouco conhecida na natureza. Tem um comportamento arredio, afastando-se ao menor sinal de perturbação. Apesar do seu tamanho e voo pesado, rapidamente movimenta-se do chão ou partes baixas da mata para a copa e desaparece entre as folhas. Geralmente, é vista como uma silhueta de passagem, assustada. Tem como habitat florestas secas tropicais ou subtropicais e pântanos subtropicais ou tropicais. Finalmente, qual deles tinha como habitat a Mata Atlântica que cobria a Vila Jacu? Segundo meu pai Antônio Gomes de Araújo Pereira, Jacu era toda ela uma mata com árvores fruteiras, sua última porção, e que eu presenciei, fora o sítio do Guindaste que se situava por trás do Banco do Brasil, hoje. Uma das primeiras habitações foi o sobrado, hoje os Correios, no qual o meu pai, um empregado, vendia carne charque aos donos de engenho. Depois se construiu sua casa (eu morei lá), onde hoje está erguida a Igreja Católica. O comércio da antiga Vila deveu-se aos riquíssimos senhores de engenho das proximidades que fez Jacu se prosperar, e para deleite dos donos de engenhos meu pai formou uma pequena orquestra para animar tanto as festas dos engenhos de açúcar, como acompanhar e tocar nas procissões da Vila. Era lá no 1º andar do sobrado que ele regia a orquestra de frevo e valsas vienenses nos carnavais arretados da Vila Jacu, e que depois um padre trocou seu nome para Buenos Aires, descaracterizando a verdadeira origem do nome da Cidade. Eu pessoalmente não gostei de tomarem um nome emprestado de uma capital estrangeira, é o pulo do gato. Para mim, devia-se fazer um plebiscito com seus moradores e voltar ao seu antigo e verdadeiro nome com raízes na Mata Atlântica. Mas, não espere muito, povo sem cultura não sabe escolher o melhor para a comunidade. O nome verdadeiro seria JACUCACA, enquanto em Minas Gerais temos a Jacutinga que não os envergonha. Quem sabe, anos à frente um prefeito lasqueira obrigue seus munícipes a votarem pela volta do nome verdadeiro da Cidade.   Editor PGAPereira, Químico Industrial.

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