Alimentos
impróprios para o consumo e presença de baratas e fezes de roedores levaram à interdição do supermercado
Kipreço, localizado no bairro de Água Fria, Zona Norte do Recife. Esse foi o
18º supermercado fechado pelos órgãos fiscalizadores. De acordo com a
Vigilância Sanitária, o supermercado não oferecia condições higiênico-sanitárias adequadas e vai ficar fechado por tempo indeterminado.
Tanto as fezes de roedores quanto as baratas foram encontradas dentro da loja e
no depósito. O supermercado vai responder a um processo administrativo e deve
pagar uma multa entre R$ 40 e R$ 400 mil. A Vigilância Sanitária ainda não atuou
no interior do Estado de Pernambuco, mostrando uma falta de agentes que perdura
por décadas. Isso é uma afronta a saúde dos pernambucanos que não têm a quem
recorrer no caso de infrações graves dos estabelecimentos comerciais que
comercializam seus produtos alimentícios do jeito que eles querem. Na verdade
faltou interesse da governadoria do Estado que sempre tratou o povo pernambucano
com desprezo. O que mais chama a atenção aos frequentadores de supermercados e mercadinhos é falta de condições estruturais adequadas dessas firmas para
armazenarem produtos alimentícios e sua conservação. Estou cansado de ver
carnes verdes deterioradas com sinais de esverdeamento nas prateleiras,
escurecimento e até presença de vermes. No supermercado onde faço compras, logo
na entrada, percebe-se o ambiente inapropriado com a circulação do ar comprometida, completamente abafado sem ter para onde circular, uma temperatura
bastante elevada para horto-fruti-granjeiros. E o que acarreta isso, podridão,
mofo, sem contar com o cultivo natural de bactérias que se aproveita do deixa
para depois que eu faço. Nesse ambiente promíscuo encontram-se nas prateleiras
desde alimentos industrializados – a grande maioria – até venenos para matar
insetos e roedores. Pense no caso extremo de vasão de conteúdo dessas embalagens
por perfuração durante o seu manuseamento ou transporte. O que mais me intriga
é a falta de uma norma da Vigilância Sanitária quanto à exigência de exaustores
de ar ou aberturas nas paredes para a circulação do ar ambiente, janelas de
vidros para recebimento da irradiação solar tão necessária a conservação dos
produtos horti-fruti-granjeiros. O problema surge da necessidade de engenheiros
na área de vigilância sanitária que quase sempre é feito por semi-analfabetos ou como se diz na gíria popular, expertos em tudo. O culpado por essa calamidade
pública é o governador que nada faz ou não sabe resolver a questão. por Paulo
Gomes de Araújo Pereira, Químico Industrial.
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