Translate

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Toxoplasma gondii em gatos

Toxoplasma gondii
  Parasitas neurológicos que controlam os cérebros de seus hospedeiros humanos, às vezes deixa insanidade e morte em seu rastro. O Parasita Felino - Toxoplasma gondii encabeça a lista como o mais famoso - e mais controverso - parasita neurológico. Esse minúsculo protozoário não parece muito mais do que uma mancha, mas uma vez que ele 
chega ao cérebro, ele pode alterar radicalmente o comportamento de hospedeiros como ratos, gatos e, sim, até mesmo seres humanos. A vida de T. gondii começa em fezes de gato, onde seus ovos (conhecidos como “oócitos” ou “óvulos”) esperam ser pegos por portadores como ratos. Uma vez que estejam seguros e aquecidos nas tripas de seus hospedeiros temporários, os oócitos se transformam em taquizoítos, as pequenas bolhas despretensiosas que podem realmente causar algum dano.     Esses taquizoítas migram para os músculos, olhos e cérebros de seus hospedeiros, onde podem permanecer ocultos por décadas sem fazer muita coisa. Mas quando chega o momento de atacar, os pequenos taquizoítos de T. gondii alteram a química cerebral de seus hospedeiros. Os ratos infectados tornam-se sexualmente excitados pelo cheiro de gatos e saltam destemidamente para suas garras, onde morrem e liberam os taquizoítos de volta para os gatos, permitindo que o ciclo de postura comece de novo.
             Assustador, talvez, mas não exatamente o tipo de pesadelo - exceto que os ratos não são os únicos hospedeiros nos quais o T. gondii hiberna. Alguns pesquisadores estimam que até 30% das pessoas na Terra - mais de dois bilhões de pessoas - estão carregando o pequeno taquizoíta T. gondii em nossos cérebros agora. O que isso pode significar para o comportamento humano? Apenas como um começo, alguns estudos descobriram que os casos de esquizofrenia aumentaram drasticamente na virada do século XX, quando a posse doméstica de gatos se tornou comum.
     "Muitas vezes vemos sintomas como níveis alterados de atividade, mudanças nos comportamentos de risco e diminuição dos tempos de reação", diz Joanne Webster, pesquisadora de parasitologia do Imperial College, em Londres. "Mas, em alguns casos, eles se tornam mais graves - como a esquizofrenia". Outro artigo, publicado na revista Proceedings, da Royal Society B, argumentou que em áreas com altas taxas de infecção por T. gondii, esses minúsculos parasitas poderiam alterar cumulativamente os padrões comportamentais de culturas inteiras. Os pais infectados, descobriram os pesquisadores, têm 30% de chance de passar o parasita para seus filhos. Se tudo isso parece um pouco longe de casa, no entanto, considere isto: Pesquisadores estimam que mais de 60 milhões de pessoas só nos EUA atualmente carregam o T. gondii, e a maioria não faz ideia, porque o parasita geralmente não causa sintomas. Até o dia em que isso acontecer. Editor Paulo Gomes.

sábado, 29 de dezembro de 2018

Garimpos ilegais no Amazonas

O Amazonas tem pelo menos 49 garimpos ilegais e a maior parte deles fica em Áreas Protegidas (AP) e Terras Indígenas (TI). Os minerais mais explorados de forma irregular no Estado são de ouro, tântalo e ametista.  Os dados são Rede Amazônica de Informação Socioambiental Georreferenciada (Raisg), divulgados nesta semana. O levantamento da rede mapeou a distribuição dessa atividade e seus impactos socioambientais em seis países amazônicos: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela. 
          Dentro dos limites do Estado, estão sendo afetadas pelo garimpo ilegal áreas indígenas como as TIs Tenharim do Igarapé Preto, Alto Rio Negro e Yanomami. Também há registros de extração irregular de minérios em Unidades de Conservação (UCs) federais como as  Florestas Nacionais (Flonas) Jatuarana e Urupadi, Parnas Mapinguari, Campos Amazônicos e Pico da Neblina, além das UCs estaduais como Resex Guariba e Área de Proteção Ambiental Margem Esquerda do Rio Negro. Além disso, oito rios foram listados com atividade de balsas extrativas adentrando TIs e UCs, sendo um deles o rio Tapajós e todos os outros sete na região do Solimões, afetando outras UCs e TIs, como é o caso da TI Vale do Javari. Nesses sete rios, assim como nas TIs Alto Rio Negro e Yanomami, observa-se que o garimpo atravessa fronteiras para Colômbia, Peru e Venezuela.
          Os impactos causados pelo garimpo ilegal são vários, tanto sociais quanto ambientais, conforme enumera a geógrafa do Instituto Socioambiental (ISA), Alicia Rolla, que coordena a Raisg.  “São graves os problemas causados pela atividade ilegal, como a contaminação dos rios com mercúrio, que provoca mortandade de peixes e sérios riscos e danos à saúde humana”, disse ela, ressaltando ainda práticas associadas a outros ilícitos como o tráfico de drogas e a prostituição infantil. Alicia Rolla afirma que é possível que a quantidade de garimpos seja ainda maior. “Por isso consideramos este mapa em construção, e pretendemos atualizá-lo a medida que tenhamos acesso a novas informações”, observou.
          A ideia, disse ela, é que o material da Raisg sirva de subsídios para ações governamentais de combate à atividade ilegal, “sendo mais uma ferramenta de inteligência para as operações de fiscalização e controle dos crimes ambientais”. “A atividade na Amazônia traz uma série de impactos socioambientais e uma visão ampliada incluindo seis países amazônicos nos proporciona dimensionar com mais exatidão esses impactos”, acrescentou. A Raisg aponta que, para fazer frente ao problema, é necessária uma ação transfronteiriça, com a cooperação entre os vários países amazônicos. Como o Amazonas faz fronteira com o país que lidera o ranking amazônico dessa atividade predatória – a Venezuela, que possui 1.899 garimpos clandestinos – faz-se necessário uma intensa fiscalização. 
“Podemos utilizar como exemplo a atuação dos garimpeiros na fronteira com a Venezuela. Quando a fiscalização se intensifica em um dos países, os garimpeiros cruzam a fronteira para explorar os minérios no país vizinho”, concluiu.
Região vive ‘epidemia’ da atividade 
O mapa criado pela Raisg indica 2.312 pontos e 245 áreas de garimpo ou extração de minerais, como ouro, diamantes e coltan, na Panamazônia. Além disso, foram mapeados 30 rios afetados pela atividade ou por rotas para a entrada de máquinas, insumos e pela saída de minerais. No Brasil, há 453 garimpos ilegais, com a maior quantidade de Áreas Protegidas e Territórios Indígenas diretamente afetados por garimpos clandestinos. “Das 55 Áreas Naturais Protegidas diretamente afetadas pelo garimpo, 29 estão no Brasil. Assim como 102 dos Territórios Indígenas diretamente afetadas por garimpo, 38 estão no Brasil”, explica a geógrafa Alicia Rolla.  Em outros países amazônicos como Guiana, Guiana Francesa e Suriname não foi possível encontrar dados consistentes sobre o tema, embora a atividade garimpeira seja relevante nesses lugares. Quanto o volume da prática ilegal na região, a geóloga do ISA denomina como “epidemia”. “Nomeamos epidemia para chamar atenção para o enorme número de pontos e áreas de garimpo identificados neste mapa elaborado pela Raisg, que mostra, por exemplo, que 30 rios amazônicos são impactados diretamente por essa atividade”, ressaltou.
          O material foi organizado e disponibilizado em uma plataforma  (o site mineria.amazoniasocioambiental.org) que permite que o usuário filtre a informação e produza suas próprias análises. Cada ponto, além da fonte, traz informações sobre o mineral extraído, o método de exploração, a data e a presença de insumos contaminantes, sobretudo mercúrio. 
“A proposta é ter uma abordagem transfronteiriça, uma vez que o bioma amazônico abrange nove países e a atividade garimpeira transita entre essas fronteiras”, explicou.  
Com levantamento dos pontos e áreas de garimpos ilegais, a ferramenta poderá auxiliar no combate às explorações irregulares. “Por ser um sistema de informações, o material da Raisg pode apoiar os governos a combater a atividade ilegal, sendo mais uma ferramenta de inteligência para as operações de fiscalização e controle dos crimes ambientais”, disse a geógrafa. É a primeira vez que dados e informações de seis países amazônicos sobre o garimpo ilegal são reunidos em uma base única de informação, oferecendo uma visão panamazônica da extensão do problema. Editor Paulo Gomes.

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Operação Samidarish prende quadrilha de políticos de Buenos Aires

 Ex-prefeito Gislan, vários secretários dele, dezenas de empregados da prefeitura e 7 empresários foram presos, mas tem muito mais pessoas envolvidas que vão ser chamadas para prestar esclarecimentos, isto porque a Operação Samidarish da Polícia Civil foi deflagrada recentemente. O ex-prefeito do município de Buenos Aires, Zona da Mata de Pernambuco, Gislan de Almeida Alencar, o vereador do município Flávio José Barbosa Melo, Flávio de Deda, além de sete empresários estão entre os presos da Operação Samidarish, deflagrada nesta sexta-feira pela Polícia Civil para capturar integrantes de uma organização criminosa voltada para a prática dos crimes de fruades em licitações, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A polícia calcula que quase R$ 12 milhões de verbas públicas foram desviadas pelo grupo, mas este valor pode ser muito maior. "O objetivo da operação é desarticular mais uma organização criminosa que atua em prefeituras com desvio de recursos públicos que deveriam ter alimentado crianças nas escolas, sendo utilizados nas saúde pública, abastecendo ambulâncias, e muitas outras coisas. O ex-prefeito foi preso e a ex-vice prefeita está sendo conduzida para ser ouvida. Sete empresários envolvidos foram presos por lavagem de dinheiro e fraudes em licitações públicas. O valor era superfaturado e era pago como propina. O vereador lavava o dinheiro e chegou a inaugurar o Restaurante Comendador, no Pina, para lavar esse dinheiro, mas que encerrou as atividades com a perda das eleição pela coligação. Com a delação premiada esperamos ampliar essa investigação. Na casa do vereador também foi apreendido um revólver e ele foi autuado em flagrante por posse ilegal de arma de fogo", detalhou esta manhã o chefe de polícia Civil, Joselito Kehrle do Amaral. Foram cumpridos até o momento oito dos nove mandados de prisão preventiva, quatorze de busca e apreensão domiciliar, além de 11 mandados de condução coercitiva nas cidades de Buenos Aires, Carpina, Paudalho, Limoeiro, Aliança, Paulista e Recife, expedidos pela Comarca de Buenos Aires. Todos foram sendo levados para a sede do Depatri.
              As investigações foram efetuadas pela Delegacia de Crimes Contra a Administração e Serviços Públicos (DECASP) da Diretoria Integrada Especializada (DIRESP), sob a presidência do delegado Izaias Novaes, assessorado pelo Núcleo de Inteligência da DECASP, com a participação da Diretoria de Inteligência da Polícia Civil (DINTEL) e do Centro Integrado de Inteligência de Defesa Social (CIIDS). Os trabalhos contaram ainda com o apoio do Ministério Público de Pernambuco, o Tribunal de Contas de Estado e a Controladoria Geral da União, que atuaram conjuntamente com a Polícia Civil de Pernambuco, dando suporte às investigações. Na execução do trabalho operacional, participam 160 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães. A operação esta sendo supervisionada pela Chefia de Polícia Civil e coordenada pela Diretoria Integrada Especializada (DIRESP). Editor Paulo Gomes de Araújo Pereira.

terça-feira, 31 de outubro de 2017

36% dos alimentos no Brasil têm agrotóxicos acima do limite ou proibidos

36% dos alimentos no Brasil têm agrotóxicos acima do limite ou proibidos    BAM
               Testes feitos em 12 alimentos comuns da dieta do brasileiro, entre eles o arroz e o feijão, mostraram que 36% apresentavam algum tipo de irregularidade em relação a agrotóxicos. Ou apresentavam pesticidas totalmente proibidos no Brasil para qualquer alimento, ou continham níveis de produtos proibidos para aquela cultura específica, ou contavam com resíduos acima do limite permitido por lei. Ainda, 60% das amostras tinham pelo menos algum tipo de resíduo de pesticida. A pesquisa, divulgada nesta terça-feira (31), foi feita pela ONG Greenpeace. A organização coletou amostras de centros de distribuição de São Paulo e Distrito Federal em setembro. Os testes foram realizados pelo Laboratório de Resíduos de Pesticidas (LRP) do Instituto Biológico de São Paulo, ligado ao governo do Estado.
               O Greenpeace testou o arroz branco e integral, o feijão preto e carioca, o mamão formosa, o tomate, a couve, o pimentão verde, a laranja, a banana nanica, a banana prata e o café. Ao todo, a ONG testou 113 kg de alimentos. Parte dos alimentos foi escolhida por serem representativas na dieta do brasileiro, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), e a outra parte por apresentarem altos índices de agrotóxico (como couve, pimentão e tomate). "A nossa amostra é pequena e o objetivo do estudo não foi o monitoramento, que deve ser feito pelo governo, mas de mostrar que estamos colocando agrotóxico todos os dias na mesa", diz Marina Lacôrte, especialista do Greenpeace em Agricultura e Alimentação. "Desafiamos qualquer centro a realizar o teste. Vai encontrar agrotóxico", comenta. Os resultados são consistentes com pesquisa feita pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) com amostras coletadas entre 2014 e 2015; na ocasião, a agência mostrou que 58% dos alimentos tinham algum resíduo de agrotóxico.Também testes realizados pela Proteste em 2016 mostrou que mais de um terço dos alimentos tinha agrotóxicos ilegais. A entidade testou amostras de oito tipos alimentos.
 A dificuldade dos estudos
            "É bem complexo você chegar a uma representatividade estatística porque a quantidade de produtores é muito grande e há uma variedade de alimentos. Nem o FDA (órgão americano), nem a Anvisa conseguem”, diz Karen Friedrich, toxicologista e pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), que fez o parecer técnico do estudo. "Então, trabalhamos com amostras, mas o que vemos é que os dados têm sido consistentes ao longo dos estudos", explica. A consistência nos estudos é importante porque muitas vezes se conta com a 'sorte', diz a toxicologista. "Quando você vai a um supermercado, por exemplo, o alimento vem de vários tipos de produtores porque a quantidade de gente para abastecer é grande", explica Karen. "Tem produtor que usa mais agrotóxico que outro. Então, às vezes, vai depender da sorte", comenta.
 Mais de um tipo de resíduo
              Um fator que preocupou a ONG foi a presença de mais de um tipo de agrotóxico. Segundo a entidade, a interação entre mais de um tipo de pesticida gera um "efeito coquetel" não totalmente mapeado por autoridades. A pesquisa encontrou que o pimentão, por exemplo, apresentou sete tipos de resíduos, incluindo agrotóxicos proibidos.Também três das quatro amostras de mamão apresentaram quatro tipos diferentes de resíduos. Uma das amostras apresentou um pesticida não permitido para o mamão, a famoxadona, e um outro resíduo em níveis nove vezes acima do permitido: o difenoconazol. "Estudos experimentais em animais mostram que a ingestão de misturas de agrotóxicos podem ser mais tóxicas. Estudos com populações expostas ambientalmente a vários agrotoxicos também mostram a possibilidade de interação", diz Karen Friedrich.
 Fiscalização e incentivos
             Para a toxicologista Karen Friedrich, seria importante haver um trabalho de rastreamento dos alimentos que mais apresentam problemas. "Isso significa pegar aquele alimento, identificar o produtor, fiscalizar e orientar sobre modos de produção sem agrotóxicos", diz. Ela comenta que esse trabalho já é feito em algumas regiões do país, como Santa Catarina e Paraná, mas não há uma ação em nível nacional. Uma outra questão é que a comercialização de agrotóxicos no país é isenta de impostos, diz ela. "Então, para o produtor é mais barato trabalhar com o agrotóxico", diz. Ainda, segundo a toxicologista, há poucos incentivos para a produção orgânica e o processo para a obtenção da certificação ainda é muito caro no país. Editor Paulo Gomes de Araújo Pereira.

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Febre Amarela no Brasil

O RNA do vírus da febre amarela é geralmente detectado no sangue de seres humanos infectados. Detectamos o RNA viral em amostras de urina e sêmen de um paciente convalescente. Um genoma de vírus completo foi sequenciado para um isolado de uma amostra de urina. Este vírus tinha um genótipo sul-americano I e mudanças sinapomórficas únicas.
          O vírus da febre amarela (YFV) é um membro do gênero Flavivirus e causa febre amarela em seres humanos, caracterizada por febre, prostração e complicações hepáticas, renais e miocárdicas que levam à morte em 20% -50% dos casos. A confirmação clínica das infecções por YFV é baseada na detecção de ARN do vírus no sangue por PCR de transcrição reversa ou ELISAs baseadas em antígenos. A detecção de vírus em amostras de urina tem sido utilizada para confirmação de infecções com flavivírus, incluindo vírus do Nilo Ocidental, vírus da Zika vírus da dengue e YFV.
          Apesar da disponibilidade de uma vacina eficaz > 200.000 casos de febre amarela e > 30.000 mortes ocorrem por ano. Uma grande epidemia de febre amarela com altas taxas de mortalidade ocorreu recentemente no Brasil. Em dezembro de 2016, os primeiros casos de febre amarela durante esta epidemia foram relatados em Minas Gerais. Os casos foram posteriormente identificados no Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Pará, Rio de Janeiro, São Paulo, Tocantins e Distrito Federal. Foram encontrados 792 casos confirmados e 274 óbitos (taxa de casos de mortalidade 35%) em 10 de julho de 2017. Relatamos um caso de febre amarela em um homem de 65 anos que era nativo de São Paulo e não havia sido vacinado contra a febre amarela. O protocolo de estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade de São Paulo. O paciente forneceu o consentimento informado para o uso das amostras durante o estudo.
          O paciente viajou para Januária, Minas Gerais, Brasil, em 28 de dezembro de 2016, e para uma área rural ao norte de São Paulo em 3 de janeiro de 2017. No dia 6 de janeiro, sofreu febre, arrepios, dor corporal e náuseas. Durante os dias 1-3 após o início dos sintomas, desenvolveram-se sintomas mais graves: febre persistente (temperatura 39,5°C-40°C), dor de cabeça, dor corporal, prostração, vômitos, tonturas, anorexia, fezes escuras, urina amarela escura e amargura na boca. O paciente foi internado em um hospital público em Januária em 9 de janeiro. Um ELISA para a proteína não estrutural 1 (NS1) do vírus da dengue mostrou um resultado negativo. O paciente também apresentou trombocitopenia grave (contagem de plaquetas 77,000 / mm 3 [intervalo de referência 140,000-450,000 / mm 3 ]). Em 13 de janeiro, o paciente voltou para São Paulo e foi internado em um hospital público. Outro ELISA para o vírus da dengue NS1 foi realizado e mostrou um resultado negativo. A contagem de plaquetas diminuiu para 57,000 / mm 3. Em 16 de janeiro, o paciente foi internado em um hospital de referência para doenças infecciosas em São Paulo. Ele mostrou uma apresentação clínica moderada: forma aniédica e hemorragia espontânea leve (equimose no olho direito). Alta febre, sintomas gastrointestinais (vômitos e diarréia), fraqueza, adinamia e mialgia generalizada também foram observados. O paciente teve uma perda de peso de 4 kg durante 8 dias. Foram obtidas amostras de soro e urina.
          Nossos resultados sugerem que o sêmen pode ser um material clínico útil para o diagnóstico de febre amarela e indicar a necessidade de testar amostras de urina e sêmen de pacientes com doença avançada. Esses testes podem melhorar o diagnóstico, reduzir os resultados falso-negativos e fortalecer a confiabilidade dos dados epidemiológicos durante os surtos futuros. Editor Paulo Gomes de Araújo Pereira.

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Intolerância a lactose

 A intolerância a lactose é uma desordem metabólica, que é caracterizada com o aparecimento de sintomas gastrointestinais devido a má absorção de lactose, ela é resultante da hipolactasia, que significa diminuição da atividade de enzima lactase na mucosa do intestino delgado, também denominada de "lactase não persistente". A lactase é uma enzima produzida pelo intestino cuja função é a hidrólise do dissacarídeo lactose presente nos leites e derivados em quantidades distintas, durante a infância especialmente nos primeiros meses de vida quando a atividade da lactase é alta, mas na maior parte da população a atividade da lactase declina de forma intensa entre a infância e a adolescência.
A redução da lactase intestinal também pode ocorrer devido ao aumento da permeabilidade intestinal, disbiose, giardíase, diarréia prolongada, desnutrição, enterites infecciosas, doença celíaca, doença inflamatória intestinal, uso de medicamentos , enterites induzidas por drogas ou radiação, doença diverticular do cólon, nestes casos é considerado a hipolactasia secundária que é transitória e reversível. 
          Outros fatores estão associados a hipolactasia primária, o fator étnico é importante para determinação do risco de se apresentar menor lactase intestinal, os caucasianos e europeus do norte tem menor possibilidade, enquanto pessoas do sudeste asiático, povos do oriente médio, nativos norte americanos tem maior incidência de intolerância a lactose, dados sugerem que indivíduos cujos ancestrais tinham hábito de consumir leites e derivados,tendem a ter menor incidência de hipolactasia primária. Alguns indivíduos portadores de intolerância a lactose podem tolerar pequenas quantidades de lactose, mas grandes quantidades servem como gatilho para inicio dos sintomas de má absorção da lactose gerando distensão abdominal, gases e a diarreia osmótica. Por isso é necessário um acompanhamento e orientação nutricional individualizada. Editor Paulo Gomes de Araújo Pereira, Químico Industrial.

terça-feira, 12 de setembro de 2017

Os 10 mais potentes antibióticos naturais

Todos os remédios indicados aqui contêm contra-indicações.
Os antibióticos naturais são mais poderosos do que as soluções sintéticas.
Os antibióticos podem salvar a vida de alguém, mas isso não se aplica às coisas tóxicas que você recebe nas farmácias. Os microorganismos tornaram-se resistentes, e acabamos lidando com superbacterias. Esses "seres" são resistentes aos antibióticos, e seu mecanismo de defesa é mais forte do que qualquer coisa que você já viu antes. Mas, os antibióticos naturais são mais poderosos do que as soluções sintéticas. Você sabe que antibióticos sintéticos não podem destruir vírus? Eles são projetados apenas para combater bactérias, fungos e parasitas.Os antibióticos naturais devem ser utilizados como auxílio adicional às terapias e não substituem os cuidados médicos profissionais. 
 É por isso que você deve consultar seu médico antes de usar qualquer um desses.
Mel cru;
Raiz de rábano;
Vinagre De Cidra De Maçã;
Extracto de cebola;
Habanero Peppers;
Óleo Essencial de Orégano;
Extracto de gengibre;
Extrato de açafrão de cúrcuma.
Estes antibióticos podem ser utilizados no tratamento de infecções de feridas, estreptococos, infecções no ouvido, E. Coli, Salmonella e H. Pylori.
Mas, alguns antibióticos naturais podem prevenir / tratar erupções cutâneas, infecções fúngicas, sobrecrescimento de Candida Albicans e pé de atleta. Aqui estão alguns deles:
Extracto de mel cru;
Extracto de gengibre;
Açafrão;
Extrato de raiz de equinácea;
Vinagre De Cidra De Maçã.
Os antibióticos naturais estão frequentemente disponíveis como suplementos e tinturas. Consulte o seu médico sobre a dosagem e saiba mais sobre os possíveis efeitos colaterais. Editor Paulo Gomes de Araújo Pereira