Ex-prefeito Gislan, vários secretários dele, dezenas de empregados da prefeitura e 7 empresários foram presos, mas tem muito mais pessoas envolvidas que vão ser chamadas para prestar esclarecimentos, isto porque a Operação Samidarish da Polícia Civil foi deflagrada recentemente. O ex-prefeito do município de Buenos Aires, Zona da Mata de Pernambuco, Gislan de Almeida Alencar, o vereador do município Flávio José Barbosa Melo, Flávio de Deda, além de sete empresários estão entre os presos da Operação Samidarish, deflagrada nesta sexta-feira pela Polícia Civil para capturar integrantes de uma organização criminosa voltada para a prática dos crimes de fruades em licitações, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A polícia calcula que quase R$ 12 milhões de verbas públicas foram desviadas pelo grupo, mas este valor pode ser muito maior. "O objetivo da operação é desarticular mais uma organização criminosa que atua em prefeituras com desvio de recursos públicos que deveriam ter alimentado crianças nas escolas, sendo utilizados nas saúde pública, abastecendo ambulâncias, e muitas outras coisas. O ex-prefeito foi preso e a ex-vice prefeita está sendo conduzida para ser ouvida. Sete empresários envolvidos foram presos por lavagem de dinheiro e fraudes em licitações públicas. O valor era superfaturado e era pago como propina. O vereador lavava o dinheiro e chegou a inaugurar o Restaurante Comendador, no Pina, para lavar esse dinheiro, mas que encerrou as atividades com a perda das eleição pela coligação. Com a delação premiada esperamos ampliar essa investigação. Na casa do vereador também foi apreendido um revólver e ele foi autuado em flagrante por posse ilegal de arma de fogo", detalhou esta manhã o chefe de polícia Civil, Joselito Kehrle do Amaral. Foram cumpridos até o momento oito dos nove mandados de prisão preventiva, quatorze de busca e apreensão domiciliar, além de 11 mandados de condução coercitiva nas cidades de Buenos Aires, Carpina, Paudalho, Limoeiro, Aliança, Paulista e Recife, expedidos pela Comarca de Buenos Aires. Todos foram sendo levados para a sede do Depatri.
As investigações foram efetuadas pela Delegacia de Crimes Contra a Administração e Serviços Públicos (DECASP) da Diretoria Integrada Especializada (DIRESP), sob a presidência do delegado Izaias Novaes, assessorado pelo Núcleo de Inteligência da DECASP, com a participação da Diretoria de Inteligência da Polícia Civil (DINTEL) e do Centro Integrado de Inteligência de Defesa Social (CIIDS). Os trabalhos contaram ainda com o apoio do Ministério Público de Pernambuco, o Tribunal de Contas de Estado e a Controladoria Geral da União, que atuaram conjuntamente com a Polícia Civil de Pernambuco, dando suporte às investigações. Na execução do trabalho operacional, participam 160 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães. A operação esta sendo supervisionada pela Chefia de Polícia Civil e coordenada pela Diretoria Integrada Especializada (DIRESP). Editor Paulo Gomes de Araújo Pereira.
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