Caetité e Lagoa Real (BA) ficam situadas no entorno
da única mina de urânio explorada durante 15 anos pela estatal federal
Indústrias Nucleares do Brasil. Os donos de sítios estão usando a água dos
poços, em média com 90 metros de profundidade para lavar roupas, dá de beber
aos animais de criação, enfim menos para beber. Um descaso da INB que negou a
contaminação por todo esse tempo. Nas análises constatou-se que havia 4 vezes superior
de urânio que o limite permitido para o consumo humano segundo a Organização
Mundial de Saúde (OMS). Nem o Ministério do Meio Ambiente (MMA), nem a
prefeitura de Lagoa Real (BA) sabiam do fato. Só agora é que um dos poços, a do
sítio de Osvaldo foi lacrado. A Cerb foi quem abriu o poço de Osvaldo e não fez
análise da água, ela é a culpada. Caetité e Lagoa Real (BA) estão situadas numa
provícia uranífera. O poço de Osvaldo fica a 20 km de distância do local da
mineração. O Ministério de Ciência, Tecnologia e Informação afirma que estão sendo
avaliados 132 poços, sendo que 39 situam-se próximos a empresa mineradora.
Almir que tem sítio vizinho ao de Osvaldo tem cisterna idêntica e usa essa água
para todo tipo de afazeres, lavar louça, roupas, tomar banho, regar as
plantações e dá de beber aos animais de criação. Eles alegam que sem essa água
fica difícil viver nessa região. O que causa estranheza é a falta de coleta
dessa água para análise de poços na região uranífera. Nos últimos anos, a maior
parte dos moradores de Caetité e Lagoa Real receberam cisternas com 16 metros
cúbitos para armazenar a água de chuva dos telhados de suas residências e que
eles a usam só para beber.A Bahia é um estado ligado a Pernambuco, será que por
aqui também temos poços contaminados por urânio? Editor PGAPereira.
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