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quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

A criminalidade em Buenos Aires

Festas de fim de ano em Buenos Aires
por PGAPereira. O povo miúdo de Buenos Aires são craques em inventar uma mentira. Eles levam tudo na prosa, numa brincadeira irresponsável. Às vezes, saem muito caras com a vítima sendo roubada, caluniada ou perdendo a vida. O caso do prof. Paulo foi, no mínimo, criminoso. Após uma invasão de partes de suas terras pela prefeitura de Buenos Aires em 1990 foi debochado nos palanques de carnavais, nas festas juninas por cirandeiros, mestres de maracatu, locutores de sistema de som das ruas da cidade. Uma perseguição dos diabos, afrontando o policiamento, a sociedade como um todo, por moleques arruaceiros pelegos do prefeito. Eles não preservaram a honra do professor, muito menos levaram em consideração as amizades, os filhos e parentes que tinham o professor como mestre. Você por acaso já viu prefeitos terem honra, eles e suas gangues metem pavor a população da cidade, fazem e desfazem de tudo a sua volta, menosprezam os adversários, administram as prefeituras como fossem seus currais, com praticamente todos os serviços obedecendo a suas ordens equivocadas e ameaçadoras. Não se ver por aqui fiscais do TCE ou TCU, isso para não criar atritos com os governadores que não querem perder a amizade dos prefeitos. Os homicídios são em números alarmantes, cerca de 20 ao ano. Carnaval com vários assassinatos brutais e covardes, estrupos de menores em massa, tudo anda a solta feito um cavalo indomável. O fórum diminuiu essa monstruosidade de administração pública descabida, mas ainda não freou a criminalidade do município. As festas pagãs perderam a graça, muitos moradores deixaram de freqüentá-las, já houve um prefeito que disse não fazer festas isto porque os moradores da cidade não compareciam a festividade. Chegarmos a esse ponto! Os processos se amontoam no fórum, dificilmente você encontra um ‘cabra’ que não tenha passagem pela justiça ou cujo nome está nas páginas dos arquivos dos fóruns. Há muitos casos de pagamentos de pensões alimentícias, filhos extraconjugais confirmados por testes do ADN. O povo quer uma medida prática de Tolerância Zero para impedir os abusos por esses desordeiros, filhinhos de papai sem moral, cachorras loucas, motoqueiros avoaçados, motoristas embriagados que circulam pelas ruas centrais a toda velocidade, enfim queremos ordens que devem ser impostas pelas autoridades policiais.  São através dessas permissividades que a desordem fica sem controle, certos bagunceiros acham que não vão ser punidos pela lei e se danam a fazerem o que não presta. Numa das passeatas de comemoração da vitória do prefeito vários moleques subiram nos muros das casas dos moradores da cidade para depredar cartazes de candidatos que não se elegeram, quebraram telhas, roubaram galinhas, mataram gatos. Um caso dantesco desse que para os cidadãos faltou empenho efetivo do policiamento local. Como já se viu soldados da polícia civil não portarem câmeras filmadoras para constar dos flagrantes em rondas? Aliás, essas passeatas políticas deviam ser proibidas, a maioria que seguem seus cortejos são gentes de más índoles, aproveitadores baratos, criminosos foragidos da justiça cavando oportunidades para serem amparados pelo partido vencedor, mas a desgraça já está feita com danos ao patrimônio particular, invasão de privacidade, ameaça aos proprietários das residências, um ato criminoso e aterrador. Não vai me dizer que fulano ou outro político fajuto mandou fazer essa desgraça. Pelas conversas que tive com diversas pessoas ameaçadas, a bagunça se generalizou pelas cidades vizinhas de Buenos Aires. Oxalá que os tempos tenham mudado e o destacamento policial faça cumprir as ordens até porque é uma obrigação da corporação preservar os bons costumes dos cidadãos.    

domingo, 5 de janeiro de 2014

Monocultura da cana de açúcar atrapalha o desenvolvimento da Zona da Mata Norte

Hoje todos os engenhos estão alugados às usinas de açúcar cuja produção, colheita, plantio, limpeza, adubagem e agrotóxicos são de inteira responsabilidade delas. E as pequenas cidades da Zona da Mata assistem dezenas de ônibus velhos transportarem os cortadores de cana partindo logo cedo às 4 horas e chegando à tardinha. É um dos piores serviços na face da Terra porque engloba semear agrotóxicos – alguns proibidos – poucos dias após o corte da cana, limpeza da área de ervas daninhas, aspiração de carvão durante o corte logo após a queimada e predisposição a um fator cancerígeno na pele devido a exposição ao Sol de 10 às 15 horas, isso quase todos os dias da semana. A maioria dos países fabrica açúcar e álcool seja através da cana, do milho, do arroz ou beterraba. Mas ela está tomando os campos para criação de gado cujos subprodutos ficam encarecidos ou até faltam em certas regiões do globo terrestre. Possuir um automóvel hoje é um luxo, mas devia ser uma necessidade, por exemplo, transporte de doentes para hospitais, lazer e intempéries, porém é criminoso o seu uso para outros fins quando se devia usar, em seu lugar, o transporte público. O problema todo está nas grandes cidades que não desenvolveram um programa de transporte em massa, climatizado – o nordeste do Brasil é uma das áreas mais quentes do planeta, ele situa-se próximo ao equador terrestre e é seco - com ônibus novos ou metrôs, e o individualismo se impetrou covardemente nas capitais. Os políticos deviam incentivar o uso dos transportes públicos na população brasileira com programas que trouxessem prêmios, por exemplo, 20 passagens grátis mensais. Ora veja, isso traria economia ao setor da área energética, qual seja o petróleo de origem fóssil. Hoje se assiste perplexo ao desperdício do valioso ouro negro seja para os ricos levarem os filhos ao colégio e faculdades, visitar amigos, ir ao shopping nas grandes cidades, enfim virou um vício do cidadão como meio de locomoção nas grandes cidades, afinal um grande desperdício de reservas naturais e que não serão repostas. No meu ver as cidades grandes são verdadeiras incentivadoras de consumos exagerados, não pregam a Sustentabilidade, essas grandes cidades consomem praticamente a maioria esmagadora dos recursos ou verbas dos fundos de participação dos municípios, prejudicando as pequenas cidades e os moradores rurais que não têm acesso a água de poço artesiano, estradas bem cuidadas, segurança e postos avançados de saúde.  Os países devem trazer a tona o consumo criminoso do petróleo, criar leis para proibir o uso indevido de seus subprodutos. Os grandes locatários de terras têm um meio seguro de tocarem seus negócios com o arrendamento de suas propriedades às usinas de açúcar, mas por outro lado percebem um lucro irrisório nessa transação comercial barata. Seria melhor que eles partissem para a criação de gado como outros estão fazendo. Na realidade, faltou um interesse da presidência para implantar uma diversificação na agricultura brasileira, pois essas normas deviam vir de lá, e há muito tempo atrás.  Se o preço do açúcar está atrelado à cotação internacional e, por ser extremamente baixo e desvantajoso partiríamos para a comercialização de outros gêneros de produto conforme os atributos dos terrenos. Já está na hora de se plantar Stevea (açúcar natural 200 vezes mais doce que o açúcar de cana) no Brasil, assim teríamos uma disposição de área para pastoreio em torno de 199 vezes mais.  Os salários pagos pelas usinas da Mata Norte ficam aquém do salário mínimo mensal, principalmente nas entressafras que vão de fevereiro a agosto, que para nós não é recomendável, o governo devia bancar o prejuízo dos cortadores com uma bolsa extra. Cidades inteiras ficam penduradas nas moagens de cana de açúcar pelas usinas próximas, de tal modo que todo o comércio deslancha apenas nos períodos de setembro a janeiro, no mais, as cidades tornam-se desérticas, ruas parecendo cemitérios, todos reclusos as suas casas assistindo a Globo, francamente. Tudo isso é um chamariz a ditaduras de prefeitos e sua laias, uma escravidão dos munícipes que assistem indefesos aos desmandos desses aproveitadores. Nem a presidência, nem os governadores, ou o quer que seja não moveram uma palha pela melhoria de vida desse povo pobre. Para governar o Brasil devia-se ter capacidade, formação intelectual, uma predisposição pela coisa pública.  Esse país precisa entrar nos eixos custe o que custar. Sem dúvida, estão faltando políticos pioneiros, desbravadores. (Original do editor Paulo Gomes de Buenos Aires.)