Por PGAPereira. Foto - O mosquito Anopheles é o vetor da Malária
O que é MALÁRIA?
Características - A malária,
também conhecida por paludismo, impaludismo ou febre palustre, é uma doença
causada por protozoários do gênero Plasmodium. Quatro espécies de plasmódios
podem infectar o homem: Plasmodium falciparum (P. falciparum) que causa a forma
mais grave da doença, Plasmodium vivax (P. vivax), predominante no Brasil,
Plasmodium ovale (P. ovale), que ocorre apenas no continente Africano e
Plasmodium malariae (P. malariae).
Transmissão - O plasmódio é geralmente transmitido ao
homem pela picada de mosquitos do gênero Anopheles (também conhecidos como
“mosquito prego”). Somente a fêmea do Anopheles se alimenta de sangue, por
isso, só ela pode transmitir a malária ao picar a pessoa para se alimentar. As
fêmeas infectadas possuem centenas ou até milhares de plasmódios em suas
glândulas salivares. Cada vez que elas picam uma pessoa, muitos desses
protozoários entram em contato com os vasos sanguíneos da pele. A malária
também pode ser transmitida por transfusão sanguínea e de mãe para filho
(transmissão congênita).
Sintomas - As manifestações iniciais são acessos
febris, que podem ser regulares ou não, mal estar, dores de cabeça e pelo
corpo, cansaço e calafrios. A doença pode evoluir para quadros mais graves como
anemia, icterícia (pele amarelada), comprometimento de órgãos vitais (rins,
pulmões e cérebro), convulsões, coma e morte do paciente.
Prevenção - As principais formas de prevenção são o uso
de inseticidas, que matam os insetos adultos, a eliminação dos criadouros de
mosquitos mediante aterros, drenagens, limpeza e desobstrução das margens de
rios e canais e a substituição da irrigação com canais a céu aberto por
sistemas que utilizem tubos fechados, já que os mosquitos se criam em coleções
de água como represas, lagos, lagoas, rios, valas, alagadiços temporários, etc.
Como proteção individual recomenda-se o uso de repelentes, telas nas janelas,
mosquiteiro ao redor da cama e que se evite viajar para áreas onde há alta
incidência da doença. Não existe vacina disponível para malária. Atualmente,
uma vacina para a doença vem sendo testada em Moçambique e os testes iniciais
vêm mostrando bons resultados.
Tratamento - Existem medicamentos para tratamento da
malária (como cloroquina, quinina, mefloquina entre outros), e a doença pode
ser tratada com sucesso se for detectada precocemente.
Distribuição - A malária está presente em mais de 100 países. No Brasil é encontrada principalmente na região da Amazônia legal.
Distribuição - A malária está presente em mais de 100 países. No Brasil é encontrada principalmente na região da Amazônia legal.
A Malária está
avançando com as cheias - Os números de casos de malária aumentaram 30% nos três primeiros
meses do ano no Amazonas, em decorrência das cheias nos rios do Estado. A
informação é da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), vinculada à Secretaria
de Saúde do Amazonas, que apontou como outro motivo para a elevação do índice a
dificuldade de acessar as regiões mais afastadas, como zonas rurais e aldeias
indígenas.A diretora técnica da FVS, Lubélia Sá Freire, informou que o órgão
está adotando várias medidas para prevenir a doença, tais como a distribuição
de mosquiteiros. “Nós estamos atuando
e aumentando, principalmente, o processo de distribuição de mosquiteiros
impregnados [cortinados de rede embebidos com inseticida que não fazem mal à
saúde], usados para ações individuais e também a pelagem de casa. O governo do
estado está garantindo a assistência neste momento”, disse.
Segundo ela, há equipes de plantão
para fazer o atendimento nos municípios amazonenses. “Nesse período, nós
mobilizamos equipes de cada setor para atender os municípios mais atingidos que
fazem a preparação destas comunidades porque ainda teremos cheias até que o
fluxo das águas recue, segundo a Defesa Civil estadual. As nossas estradas são
os rios, então nós temos que conviver com isso e continuar desenvolvendo
estratégias para combater as cheias”, ressaltou.
De acordo com o
Ministério da Saúde, o Amazonas é o segundo maior estado com concentração de
casos de malária do país. Em 2010, foram registrados 74.136 casos e, no ano
passado, 60.668 – uma redução de 18%. Ainda de acordo como o órgão, a Amazônia
Legal – área compreendida pelos estados do Acre, Amapá, Amazonas, de Mato
Grosso, do Pará, de Rondônia, Roraima, do Tocantins e parte do estado do
Maranhão – concentram 99% dos casos de malária no país.O ministério repassou R$ 15
milhões em 2011 para a instalação de mais de 1 milhão de mosquiteiros com
inseticidas e enviou 194 microscópios para a rede de diagnósticos de malária,
39 caminhonetes e 250 mil testes rápidos para verificação da doença.