A intolerância a lactose é uma desordem metabólica, que é caracterizada com o aparecimento de sintomas gastrointestinais devido a má absorção de lactose, ela é resultante da hipolactasia, que significa diminuição da atividade de enzima lactase na mucosa do intestino delgado, também denominada de "lactase não persistente". A lactase é uma enzima produzida pelo intestino cuja função é a hidrólise do dissacarídeo lactose presente nos leites e derivados em quantidades distintas, durante a infância especialmente nos primeiros meses de vida quando a atividade da lactase é alta, mas na maior parte da população a atividade da lactase declina de forma intensa entre a infância e a adolescência.
A redução da lactase intestinal também pode ocorrer devido ao aumento da permeabilidade intestinal, disbiose, giardíase, diarréia prolongada, desnutrição, enterites infecciosas, doença celíaca, doença inflamatória intestinal, uso de medicamentos , enterites induzidas por drogas ou radiação, doença diverticular do cólon, nestes casos é considerado a hipolactasia secundária que é transitória e reversível.
Outros fatores estão associados a hipolactasia primária, o fator étnico é importante para determinação do risco de se apresentar menor lactase intestinal, os caucasianos e europeus do norte tem menor possibilidade, enquanto pessoas do sudeste asiático, povos do oriente médio, nativos norte americanos tem maior incidência de intolerância a lactose, dados sugerem que indivíduos cujos ancestrais tinham hábito de consumir leites e derivados,tendem a ter menor incidência de hipolactasia primária. Alguns indivíduos portadores de intolerância a lactose podem tolerar pequenas quantidades de lactose, mas grandes quantidades servem como gatilho para inicio dos sintomas de má absorção da lactose gerando distensão abdominal, gases e a diarreia osmótica. Por isso é necessário um acompanhamento e orientação nutricional individualizada. Editor Paulo Gomes de Araújo Pereira, Químico Industrial.