Abril foi o primeiro mês na história com os níveis
médios de dióxido de carbono igual ou superior a 400 partes por milhão (ppm) em
todo o Hemisfério Norte, de acordo com um anúncio de 26 de maio pela
Organização Meteorológica Mundial. Os cientistas do clima
registraram pela primeira vez o pico preocupante no gás de efeito estufa no
Ártico em 2012 e no Havaí no ano passado, mas o resto do mundo ainda tinha que
bater consistentemente a alta marca. O nível de 400 ppm é em grande parte
simbólico, representando quase 150 por cento dos níveis de CO2 dos tempos pré
-industriais. Embora os cientistas esperem que os
níveis de CO2 continuem subindo, ficha monthlong do Hemisfério Norte para o gás
de efeito estufa deve soar um alarme para abordar as emissões e as mudanças
climáticas, disse a Organização Meteorológica Mundial. De 2002 a 2012, o CO2
foi responsável por 85 por cento do aumento na capacidade de retenção de calor
na atmosfera. Os pesquisadores esperam que toda a
Terra irá experimentar níveis de CO2 médio de 400 ppm ou superior em 2015 ou
2016.Editor Paulo G. A. Pereira.
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sexta-feira, 17 de julho de 2015
Atingimos 400 partes por milhão de CO2 na atmosfera terrestre
domingo, 12 de julho de 2015
Que drogas matam os americanos?
Em 2010, houve 80.000 mortes por overdose de drogas e álcool nos EUA, de
acordo com os Centros para Controle de Doenças e Prevenção do banco de dados
WONDER. O banco de dados, mantido pelo Centro Nacional de Estatísticas de
Saúde, mantém um registro de todas as mortes listadas em certificados em todo o
país. Eles estão classificados pelo sistema de referência CID-10 codificação
médica. Relatórios de morte nos EUA requerem uma causa subjacente da doença ou
evento que leva à morte. Este “gráfico representa todos os listados no banco de
dados CDC como “envenenamento acidental”, auto-intoxicação intencional”,
"assalto por drogas", e "intoxicação com intenção
indeterminada". Além da causa subjacente, uma certidão de óbito tem espaço
para até 20 causas adicionais. É aí que “a cocaína” ou os "antidepressivos"
iriam aparecer. As subcategorias são limitadas em sues detalhes e muitas drogas
são agrupadas, como MDMA e cafeína, que são listadas em conjunto como
"psicoestimulantes." E cerca de um quarto de todas as certidões de
óbito por overdose não tem os resultados de testes de toxicidade incluída na
lista, aterrando-as na classe “não especificada”. Ao adicionar todas as
subcategorias acima, imperfeitas como elas podem ser, é claro que a taxa de
overdoses relatadas nos EUA mais do que dobrou entre 1999 e 2010. Cerca de
metade dessas mortes adicionais estão na categoria de produtos farmacêuticos,
que o CDC tem escrito antes. Quase três quartos das mortes por fármacos dá-se
por analgésicos opioides de prescrição médica como OxyContin e Vicodin. E
enquanto a cocaína, heroína e álcool são todos responsáveis por mortes suficientes para
justificar suas próprias listras no gráfico, muitas drogas ilegais, incluindo as
populares maconha e LSD são um minúsculo pontinho como ser invisível. Algumas
advertências sobre as estatísticas: se uma pessoa tinha vários medicamentos
listados em seu atestado de óbito, eles estão sendo contadas duas vezes aqui.
Além disso, o banco de dados não inclui não-residentes, quer seja imigrantes
não-documentados ou cidadãos norte-americanos que vivem no exterior. Editor
PGAPereira.
sexta-feira, 10 de julho de 2015
Tsunami com 500 metros pode ocorrer em breve
Uma
equipe de cientistas russos divulgou, recentemente, que a queda de um
asteroide, entre 100 e 200 metros de diâmetro, em um de nossos oceanos, poderia
desencadear um tsunami com ondas de até 500
metros de altura. Segundo Vladislava Bolov, diretor do centro
de monitoramento e prognóstico do Ministério de Emergência da Rússia,
ainda não existem muitos estudos sobre asteroides deste tamanho, entretanto, as
consequências de um suposto impacto de uma destas rochas espaciais em um dos
nossos oceanos teria resultados devastadores, de acordo
com as previsões. Ainda segundo Bolov, atualmente, existem 120 crateras
gigantes espalhadas pelo mundo, originadas pela queda ou colisão de grande
asteroides contra nosso planeta. A maior delas tem mais de 100 quilômetros de
diâmetro e está situada na Sibéria, na bacia do rio
Popigai. Estima-se que o impacto que resultou na atual cratera tenha ocorrido
há 36 milhões de anos. Muitos pesquisadores apontam a queda de meteoros na Terra
como uma das causas prováveis da extinção de diversas espécies. O físico norte-americano
Luis Alvares vai mais longe ao afirmar que, provavelmente, a extinção dos dinossauros foi em decorrência do
fenômeno. Muitos cientistas, no entanto, afirmam que até mesmo o impacto de
objetos muito menores poderia causar problemas em nosso planeta, caso ocorram
em locais com uma população próxima. As
consequências teriam uma magnitude próxima de uma explosão
de bomba atômica. Editor PGAPereira.
domingo, 5 de julho de 2015
Os agrotóxicos nas verduras de Recife
Os
brasileiros consomem mais agrotóxicos a cada ano. De acordo com o dossiê anual
da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), em 2014 cada habitante
ingeriu sete litros, em média - dois litros a mais que em 2013. Segundo
especialistas, os produtores rurais se aproveitam da fiscalização insuficiente
e utilizam o produto de forma descontrolada. A pedido do Diário, o
laboratório de agrotóxicos e contaminantes do Instituto de Tecnologia de
Pernambuco (Itep) analisou duas amostras do alimento mais contaminado em 2014,
de acordo com as pesquisas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA)
- o pimentão. Os resultados foram preocupantes. Dez pimentões foram
coletados em uma barraca na feira livre do Cordeiro, e outros 10 em uma loja de
frutas e verduras. Ambos apresentaram substâncias perigosas à saúde. Nos
pimentões da feira, foram encontrados quatro agrotóxicos proibidos pela ANVISA.
Nos da frutaria, sete. As substâncias podem causar de dor de cabeça a câncer.
Cliente da loja, Nicolle Torres, 43, ficou surpresa com o resultado. “E agora?
Vou ter que plantar minhas verduras em casa?” A Agência de Defesa e
Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro), órgão estadual responsável
por fiscalizar a venda, aplicação e transporte, conta com 68 fiscais para
monitorar todo o estado, e oito para o Recife. Por limitações
financeiras, o órgão analisa apenas 15 amostras mensais de 12 alimentos
diferentes recolhidos na Ceasa. A análise de cada amostra tem custo médio de R$
250. Em caso de violações, o produtor é rastreado e multado em até R$ 5 mil.
Caso não pague ou não se adeque, sua plantação pode ser destruída. Este ano,
foram oito produtores autuados até maio. A Adagro avaliou que o repolho é o
alimento produzido em Pernambuco com mais contaminação - com 60% das
amostras. Registros - Segundo
o DataSus, 34.147 intoxicações por agrotóxicos foram registradas de 2007 a 2014
no país. É comum, no entanto, que as doenças não ocorram em curto prazo, o que
dificulta a associação entre causa e sintomas. São facilmente detectáveis
apenas intoxicações nas lavouras. A Organização Mundial de Saúde estima que,
para caso notificado, haja 50 ignorados. Para a doutora em clínica médica
e uma das autoras do dossiê, outra causa de subnotificação é a falta de
capacitação dos médicos. “Não há disciplina de toxicologia nas faculdades. Nas
consultas os pacientes não são perguntados sobre o assunto. Dessa forma, não há
como descobrir a razão do sintoma”, avaliou. Fórmulas caseiras e perigosas - Em Pernambuco, os agrotóxicos são
intensamente usados em culturas como café, soja, milho e cana-de-açúcar, além
de horticulturas e estufas. A venda clandestina, um trabalho ilegal “de
formiguinha”, é apontada como um grande complicador do combate a essa ameaça à
saúde dos brasileiros. Com os pequenos produtores, o problema é que eles
muitas vezes inventam as fórmulas de seus agrotóxicos e exageram na quantidade.
Já os grandes plantadores têm a tendência de utilizar defensivos padrões,
segundo explica a doutora em clínica médica e uma das autoras do dossiê
Abrasco, Lia Giraldo. Para ser autorizado a vender agrotóxicos, é preciso
preencher diversos requisitos da Adagro, que estão sempre em atualização.
Atualmente, 222 estabelecimentos têm registro e são fiscalizados
trimestralmente. O grande desafio, no entanto, são os informais que
comercializam o produto ilegalmente, sobretudo em armazéns de construção e
lojas de piscinas. “Em 2015 foram apreendidas oito toneladas de substâncias
vendidas dessa forma, metade na região de Sairé”, contou o chefe de inspeção
vegetal do órgão, Sílvio Valença. Esse tipo de agrotóxico não consta em
pesquisas como a da Abrasco, que calcula a quantidade consumida pelo brasileiro
anualmente. Orgânicos, a única alternativa - Vistos como alternativa para fugir dos perigos dos
agrotóxicos, os alimentos orgânicos não são fiscalizados nas feiras
especializadas. A Adagro contrata o Itep para analisar alimentos de vendedores
que são denunciados. Os que descumprem as regras podem ser expulsos das feiras
quando descobertos. No Recife, há cerca de 20 feiras, com dias e horários
variados. Com base nas análises, a Adagro afirma que 82% dos produtos vendidos
nas feiras orgânicas e que foram alvos de denúncias não apresentavam violações,
o que, para a Adagro, coloca esses itens em um patamar mais seguro. A empresária
Ana Beatriz de Lima, 56, frequenta quase semanalmente a feira do Rosarinho, que
funciona às quintas-feiras. Desde 1992, quando teve problemas hormonais, Ana
procura por alimentos sem agrotóxicos no cardápio. “Compro tudo que preciso e
estoco. Lavo da maneira correta, na água com
bicarbonato.” Normalmente os orgânicos são mais caros e menores. Os
produtores precisam respeitar os períodos de colheita, sem apressá-las com as
substâncias tóxicas. Certificações - Boa parte das análises de agrotóxicos de todo o país vem sendo
realizada no Itep. O órgão faz testes a pedido da ANVISA, dos ministérios
públicos estaduais e das vigilâncias sanitárias. Exportadores também contratam
o Instituto para obter certificados que permitam a entrada de seus produtos em
outros países. Anualmente, são cerca de oito mil procedimentos realizados pelo
instituto. Ainda assim, o esforço não é suficiente para deter as
violações. “Os consumidores precisam enxergar as certificações de
regularidade de frutas e verduras como um valor agregado ao produto e exigi-las
nos pontos de compra. Isso faria com que as lojas os exigissem e a fiscalização
seria mais valorizada, teria mais investimentos. Poder-se-ia fazer um trabalho
mais completo”, sugeriu a doutora em saúde coletiva Adélia Araújo, diretora do
Labtox. Para ela, a maioria dos produtores também não compreende as
certificações como uma forma de agregar valor às mercadorias. “Um produtor de
mamões da Paraíba foi denunciado e nos contratou para investigar suas
violações. Depois que regularizou a utilização dos agrotóxicos, começou a
exportar as frutas e aumentou muito o negócio. No exterior, os alimentos só
entram com certificação”, explica. Editor PGAPereira.
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