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sexta-feira, 17 de julho de 2015

Atingimos 400 partes por milhão de CO2 na atmosfera terrestre

Abril foi o primeiro mês na história com os níveis médios de dióxido de carbono igual ou superior a 400 partes por milhão (ppm) em todo o Hemisfério Norte, de acordo com um anúncio de 26 de maio pela Organização Meteorológica Mundial. Os cientistas do clima registraram pela primeira vez o pico preocupante no gás de efeito estufa no Ártico em 2012 e no Havaí no ano passado, mas o resto do mundo ainda tinha que bater consistentemente a alta marca. O nível de 400 ppm é em grande parte simbólico, representando quase 150 por cento dos níveis de CO2 dos tempos pré -industriais. Embora os cientistas esperem que os níveis de CO2 continuem subindo, ficha monthlong do Hemisfério Norte para o gás de efeito estufa deve soar um alarme para abordar as emissões e as mudanças climáticas, disse a Organização Meteorológica Mundial. De 2002 a 2012, o CO2 foi responsável por 85 por cento do aumento na capacidade de retenção de calor na atmosfera. Os pesquisadores esperam que toda a Terra irá experimentar níveis de CO2 médio de 400 ppm ou superior em 2015 ou 2016.Editor Paulo G. A. Pereira. 

domingo, 12 de julho de 2015

Que drogas matam os americanos?

Em 2010, houve 80.000 mortes por overdose de drogas e álcool nos EUA, de acordo com os Centros para Controle de Doenças e Prevenção do banco de dados WONDER. O banco de dados, mantido pelo Centro Nacional de Estatísticas de Saúde, mantém um registro de todas as mortes listadas em certificados em todo o país. Eles estão classificados pelo sistema de referência CID-10 codificação médica. Relatórios de morte nos EUA requerem uma causa subjacente da doença ou evento que leva à morte. Este “gráfico representa todos os listados no banco de dados CDC como “envenenamento acidental”, auto-intoxicação intencional”, "assalto por drogas", e "intoxicação com intenção indeterminada". Além da causa subjacente, uma certidão de óbito tem espaço para até 20 causas adicionais. É aí que “a cocaína” ou os "antidepressivos" iriam aparecer. As subcategorias são limitadas em sues detalhes e muitas drogas são agrupadas, como MDMA e cafeína, que são listadas em conjunto como "psicoestimulantes." E cerca de um quarto de todas as certidões de óbito por overdose não tem os resultados de testes de toxicidade incluída na lista, aterrando-as na classe “não especificada”. Ao adicionar todas as subcategorias acima, imperfeitas como elas podem ser, é claro que a taxa de overdoses relatadas nos EUA mais do que dobrou entre 1999 e 2010. Cerca de metade dessas mortes adicionais estão na categoria de produtos farmacêuticos, que o CDC tem escrito antes. Quase três quartos das mortes por fármacos dá-se por analgésicos opioides de prescrição médica como OxyContin e Vicodin. E enquanto a cocaína, heroína e álcool são todos responsáveis ​​por mortes suficientes para justificar suas próprias listras no gráfico, muitas drogas ilegais, incluindo as populares maconha e LSD são um minúsculo pontinho como ser invisível. Algumas advertências sobre as estatísticas: se uma pessoa tinha vários medicamentos listados em seu atestado de óbito, eles estão sendo contadas duas vezes aqui. Além disso, o banco de dados não inclui não-residentes, quer seja imigrantes não-documentados ou cidadãos norte-americanos que vivem no exterior. Editor PGAPereira. 

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Tsunami com 500 metros pode ocorrer em breve

Uma equipe de cientistas russos divulgou, recentemente, que a queda de um asteroide, entre 100 e 200 metros de diâmetro, em um de nossos oceanos, poderia desencadear um tsunami com ondas de até 500 metros de altura. Segundo Vladislava Bolov, diretor do centro de monitoramento e prognóstico do Ministério de Emergência da Rússia, ainda não existem muitos estudos sobre asteroides deste tamanho, entretanto, as consequências de um suposto impacto de uma destas rochas espaciais em um dos nossos oceanos teria resultados devastadores, de acordo com as previsões. Ainda segundo Bolov, atualmente, existem 120 crateras gigantes espalhadas pelo mundo, originadas pela queda ou colisão de grande asteroides contra nosso planeta. A maior delas tem mais de 100 quilômetros de diâmetro e está situada na Sibéria, na bacia do rio Popigai. Estima-se que o impacto que resultou na atual cratera tenha ocorrido há 36 milhões de anos. Muitos pesquisadores apontam a queda de meteoros na Terra como uma das causas prováveis da extinção de diversas espécies. O físico norte-americano Luis Alvares vai mais longe ao afirmar que, provavelmente, a extinção dos dinossauros foi em decorrência do fenômeno. Muitos cientistas, no entanto, afirmam que até mesmo o impacto de objetos muito menores poderia causar problemas em nosso planeta, caso ocorram em locais com uma população próxima. As consequências teriam uma magnitude próxima de uma explosão de bomba atômica. Editor PGAPereira. 

domingo, 5 de julho de 2015

Os agrotóxicos nas verduras de Recife

Os brasileiros consomem mais agrotóxicos a cada ano. De acordo com o dossiê anual da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), em 2014 cada habitante ingeriu sete litros, em média - dois litros a mais que em 2013. Segundo especialistas, os produtores rurais se aproveitam da fiscalização insuficiente e utilizam o produto de forma descontrolada.  A pedido do Diário, o laboratório de agrotóxicos e contaminantes do Instituto de Tecnologia de Pernambuco (Itep) analisou duas amostras do alimento mais contaminado em 2014, de acordo com as pesquisas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) - o pimentão. Os resultados foram preocupantes. Dez pimentões foram coletados em uma barraca na feira livre do Cordeiro, e outros 10 em uma loja de frutas e verduras. Ambos apresentaram substâncias perigosas à saúde. Nos pimentões da feira, foram encontrados quatro agrotóxicos proibidos pela ANVISA. Nos da frutaria, sete. As substâncias podem causar de dor de cabeça a câncer. Cliente da loja, Nicolle Torres, 43, ficou surpresa com o resultado. “E agora? Vou ter que plantar minhas verduras em casa?”  A Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro), órgão estadual responsável por fiscalizar a venda, aplicação e transporte, conta com 68 fiscais para monitorar todo o estado, e oito para o Recife.  Por limitações financeiras, o órgão analisa apenas 15 amostras mensais de 12 alimentos diferentes recolhidos na Ceasa. A análise de cada amostra tem custo médio de R$ 250. Em caso de violações, o produtor é rastreado e multado em até R$ 5 mil. Caso não pague ou não se adeque, sua plantação pode ser destruída. Este ano, foram oito produtores autuados até maio. A Adagro avaliou que o repolho é o alimento produzido em Pernambuco com mais contaminação - com 60% das amostras. Registros - Segundo o DataSus, 34.147 intoxicações por agrotóxicos foram registradas de 2007 a 2014 no país. É comum, no entanto, que as doenças não ocorram em curto prazo, o que dificulta a associação entre causa e sintomas. São facilmente detectáveis apenas intoxicações nas lavouras. A Organização Mundial de Saúde estima que, para caso notificado, haja 50 ignorados. Para a doutora em clínica médica e uma das autoras do dossiê, outra causa de subnotificação é a falta de capacitação dos médicos. “Não há disciplina de toxicologia nas faculdades. Nas consultas os pacientes não são perguntados sobre o assunto. Dessa forma, não há como descobrir a razão do sintoma”, avaliou. Fórmulas caseiras e perigosas - Em Pernambuco, os agrotóxicos são intensamente usados em culturas como café, soja, milho e cana-de-açúcar, além de horticulturas e estufas. A venda clandestina, um trabalho ilegal “de formiguinha”, é apontada como um grande complicador do combate a essa ameaça à saúde dos brasileiros. Com os pequenos produtores, o problema é que eles muitas vezes inventam as fórmulas de seus agrotóxicos e exageram na quantidade. Já os grandes plantadores têm a tendência de utilizar defensivos padrões, segundo explica a doutora em clínica médica e uma das autoras do dossiê Abrasco, Lia Giraldo. Para ser autorizado a vender agrotóxicos, é preciso preencher diversos requisitos da Adagro, que estão sempre em atualização. Atualmente, 222 estabelecimentos têm registro e são fiscalizados trimestralmente. O grande desafio, no entanto, são os informais que comercializam o produto ilegalmente, sobretudo em armazéns de construção e lojas de piscinas. “Em 2015 foram apreendidas oito toneladas de substâncias vendidas dessa forma, metade na região de Sairé”, contou o chefe de inspeção vegetal do órgão, Sílvio Valença. Esse tipo de agrotóxico não consta em pesquisas como a da Abrasco, que calcula a quantidade consumida pelo brasileiro anualmente. Orgânicos, a única alternativa - Vistos como alternativa para fugir dos perigos dos agrotóxicos, os alimentos orgânicos não são fiscalizados nas feiras especializadas. A Adagro contrata o Itep para analisar alimentos de vendedores que são denunciados. Os que descumprem as regras podem ser expulsos das feiras quando descobertos. No Recife, há cerca de 20 feiras, com dias e horários variados. Com base nas análises, a Adagro afirma que 82% dos produtos vendidos nas feiras orgânicas e que foram alvos de denúncias não apresentavam violações, o que, para a Adagro, coloca esses itens em um patamar mais seguro. A empresária Ana Beatriz de Lima, 56, frequenta quase semanalmente a feira do Rosarinho, que funciona às quintas-feiras. Desde 1992, quando teve problemas hormonais, Ana procura por alimentos sem agrotóxicos no cardápio. “Compro tudo que preciso e estoco. Lavo da maneira correta, na água com bicarbonato.”  Normalmente os orgânicos são mais caros e menores. Os produtores precisam respeitar os períodos de colheita, sem apressá-las com as substâncias tóxicas. Certificações - Boa parte das análises de agrotóxicos de todo o país vem sendo realizada no Itep. O órgão faz testes a pedido da ANVISA, dos ministérios públicos estaduais e das vigilâncias sanitárias. Exportadores também contratam o Instituto para obter certificados que permitam a entrada de seus produtos em outros países. Anualmente, são cerca de oito mil procedimentos realizados pelo instituto. Ainda assim, o esforço não é suficiente para deter as violações. “Os consumidores precisam enxergar as certificações de regularidade de frutas e verduras como um valor agregado ao produto e exigi-las nos pontos de compra. Isso faria com que as lojas os exigissem e a fiscalização seria mais valorizada, teria mais investimentos. Poder-se-ia fazer um trabalho mais completo”, sugeriu a doutora em saúde coletiva Adélia Araújo, diretora do Labtox. Para ela, a maioria dos produtores também não compreende as certificações como uma forma de agregar valor às mercadorias. “Um produtor de mamões da Paraíba foi denunciado e nos contratou para investigar suas violações. Depois que regularizou a utilização dos agrotóxicos, começou a exportar as frutas e aumentou muito o negócio. No exterior, os alimentos só entram com certificação”, explica. Editor PGAPereira.